quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Após acidente, jogador Adil sofre para conseguir trabalho e quer 'levantar a bandeira dos deficientes'


Depois do acidente, era incerto se ele teria ou não condições de voltar a se locomover normalmente. Tudo dependeria da evolução da recuperação. Mas o ex-jogador não desanimou. Se dedicou à fisioterapia e procurou bons especialistas.
Publicada em 31 de janeiro de 2013 - 11:15
Adil
A vida de Adilpassou por uma reviravolta em 2000, quando o ex-ponta esquerda viajava por Minas GeraisSite externo. no banco do passageiro de umBMW durante uma forte chuva.
Em ponto próximo de Rio Pomba (250 km de Belo Horizonte), o carro bateu em uma árvore num acidente que deixaria sequelas, mas que não tiraria de Adil a vontade mostrada nos tempos de atleta. “Quando acordei, não tinha movimento no corpo inteiro” lembra.
Adil, que já passou por CorinthiansGrêmioCruzeiro ePortuguesa, além de vários clubes do interior de São Paulo, ficou cerca de quatro meses internado. Passou boa parte do tempo sem movimento nenhum. “Saí do [hospital] Sarah KubitschekSite externo. comotetraplégico. Fiquei quatro meses só mexendo a cabeça e os olhos”, lembra. Ele teve uma lesão medular cervical de graus 5 e 6, que eram possíveis uma recuperação. Há outros casos em que o quadro é irreversível.
Depois do acidente, era incerto se ele teria ou não condições de voltar a se locomover normalmente. Tudo dependeria da evolução da recuperação. Mas o ex-jogador não desanimou. Se dedicou àfisioterapia e procurou bons especialistas. “Tudo que falar em fisioterapia eu fiz. Até competir em cavalo”, lembra Adil, que colocou na cabeça que superaria tudo da melhor maneira possível. Hoje, ele ainda anda com dificuldade. Precisa do apoio de uma muleta, mas já consegue até dirigir.
“Na verdade, era para eu usar duas muletas. Mas sou teimoso, né? E dirijo normalmente. Só não vou conseguir trocar o pneu do carro se furar. Aí complica. Mas nem penso nisso, se não nem saiu de casa, né?”, falou, bem humorado.
O cenário, no entanto, não era dos melhores. Adil chegou a receber, assim que saiu do hospital, uma indicação do médico para que comprasse uma cadeira de roda. Ele disse que não precisaria daquilo e cravou que conseguiria se locomover normalmente sem elas. “Falei que não era necessário porque iria lutar com unhas e dentes. Coloquei isso na cabeça”, lembrou.
“Não tive depressão, aborrecimento, nada. Aceitei tudo da melhor maneira possível. O que eu faria? Não adiantava ter rancor. Ia dar um tiro no ouvido? Isso não adianta. Se Deus me deu a chance de acontecer isso, eu tinha que suportar. Continuei como um cara muito feliz. Dificilmente alguém vai me ver aborrecido em sem sorriso. Não sou revoltado com a vida. Gosto demais dela. Estou sempre passando conforto para as pessoas”, continuou.
Se trocou o possível aborrecimento pela superação, Adil só tem hoje um desconforto: estar parado em casa sem fazer o que tanto quer, que é trabalhar com o futebol. Vive em São João Nepumoceno (MG) e está há três anos sem trabalhar.
Chegou a exercer a função de dirigente no Tupi-MG, mas deixou o clube para resolver problemas particulares. Depois, não recebeu mais convites para trabalhar. Por isso fica em casa, inquieto, fazendo tarefas não tão agradáveis e na expectativa de poder excercer uma função de suporte em alguma equipe.
“Eu sou uma pessoa ativa, não consigo ficar parado”, falou, para depois explicar como tenta se safar do ócio. “Fico na minha casa e procuro fazer atividades de casa, com cachorro, limpando piscina, varrendo e vendo jogos. Vejo às vezes dois, três jogos por dia. A Copa São Paulo vi todinha, vi todinha pela TV”, falou.
Adil quer voltar ao futebol e se vê com condições de ser um elo entre atletas, comissão técnica e a cartolagem do clube. Lembra que já foi capitão de vários clubes por onde passou, foi sempre marcado pela liderança e aprendeu a como conduzir questões pessoais e de administração.
“Aprendi muito com a vida. Como conversar com diretoria, aquelas coisas que pessoalmente no interior acontece muito. Eu estava sempre na linha de frente, falava o que alguns não queriam. Tenho totais condições de estar no futebol. Não digo em um Corinthians, Flamengo ou Fluminense. Mas posso ensinar muito a clubes do interior, por exemplo. O amadorismo ainda impera no futebol brasileiro”, falou.
“Quero participar, lidando diretamente com o futebol. Participando da negociação. Captando recursos pra ajudar. Tudo isso. Onde podemos pegar meio pra uma contratação que está fora do parâmetro do clube? Eu aprendi muito. Tem três anos que não exerço função nenhuma, sinto falta do treinamento, de vivenciar aquilo. No dia seguinte levantar e ter aquela adrenalina do jogo, você acaba se sensibilizando com isso. Você volta a ter aquela adrenalina”, continuou.
Adil diz que o desconhecimento do mundo do futebol sobre sua real situação pode estar atrapalhando a ser lembrado para os cargos. Assim, volta a garantir que não há nada que o impeça de trabalhar. Está totalmente apto.
“Pode ser que [isso atrapalhe] sim. Às vezes ficamos esquecidos no interior. Quem não é visto não é lembrado. Fui gerente de futebol do Tupi e acompanhei o time em todos os jogos. Fazia de tudo”, lembra.
Bandeira para os deficientes
Adil também se coloca à disposição para trabalhar em federações como  um representante que vai ajudar a fiscalizar as condições dos estádios para que pessoas deficientes tenham acesso diferenciado para assistir aos jogos de futebol.
Ele conta que já foi a vários locais que não possuem essa estrutura e que muitos deficientes querem estar presente em jogos, mas não vão porque não encontram facilidade.
“Não sabemos, por exemplo, se todos os estádios têm condições para deficientes. Esse seria um trabalho que gostaria de fazer em uma federação, por exemplo. Tenho acesso muito grande a cidades do interior. Às vezes a pessoa tem dificuldade de locomoção, tem dinheiro, gosta de futebol e não tem condições de ir pra esse local. Já vi cadeirantes em situações. Posso ser um defensor dessa bandeira.”

Cadeirante com esclerose múltipla teve que acender um cigarro para sair do avião



Viajante regular, Pilar Serrano ainda está indignada com o incidente feio que experimentou na chegada a Barajas em um voo da Ryanair. Ela visitou Dublin (Irlanda) com seu esposo e um grupo de amigos, e na volta, esta madrilena de 49 anos teve de esperar quase duas horas para sair do avião. Desde 2008 está em uma cadeira de rodas pelos efeitos da esclerose múltipla, e, portanto, deve usar o serviço para pessoas com deficiência nos aeroportos. Nunca havia tido problemas, mas desta vez se viu obrigada, afirma, a “acender um cigarro” para que viessem buscá-la. Aena, gestora dos aeroportos espanhois e responsável por essa assistência, admite um atraso de 41 minutos e indica que a assistência estava programada, mas a Ryanair não avisou da espera. A empresa reclama que estes atrasos são “quase diariamente”.
A normativa europeia exige aos aeroportos para prestar um serviço às pessoas com mobilidade reduzida desde 2008. Serrano não tem claro a quem atribuir a culpa pelo atraso. Mas sabe quem sofreu as consequências: “Não foi só a espera. Eu tenho incontinência, e calculo o tempo das minhas viagens. Todo o tempo que eu esperei fiquei molhada. Ninguém pode compreender até que se sente nessa cadeira.”
De acordo com detalhes, no desembarque, como de costume, desembarcaram todos os passageiros. Outros dois viajantes haviam solicitado o serviço para as pessoas com mobilidade reduzida, porque estavam de muletas. “A única que necessitava da cadeira especial [um modelo que se encaixa nos corredores do avião] era eu”, explica. Para prolongar o tempo de espera, os outros dois passageiros decidiram caminhar por conta própria. E ela foi deixada sozinha com seu parceiro. “Havia vários aeromoças, mas disseram que não sabiam nada”, acrescenta.
Uma hora e quarenta e cinco minutos, aproximadamente, Serrano perdeu a paciência: “Quando já não aguentava mais, acendi um cigarro. Eu sei que é errado [está proibido fumar em aviões desde 1999], mas não sabia o que fazer. É incrível, em seguida, vieram correndo. Sai chorando.”
Aena e Ryanair confirmam a ocorrência, sem aprofundar nos detalhes. O gestor do aeroporto disse que ele havia reclamado para a empresa prestadora do serviço, a Iberia Eulen, “porque demorou 41 minutos a mais do que os 20 estabelecido.” Além disso, no ano passado se atendeu mais de um milhão de passageiros em seus aeroportos, 300.000 deles no Aeroporto Barajas, e o índice de qualidade foi de 4,3 sobre um máximo de 5. A assessoria de imprensa de Eulen declinaram em se pronunciar sobre o caso.
Aena também observa que, a Ryanair avisou antes do vôo para o serviço, – que estava programado -, “também devia ser informado, quando o avião aterrissou, de que havia que desembarcar uma pessoa com mobilidade reduzida, e não foi feito.” A empresa, entretanto, enfatiza que “Aena e Iberia-Eulen foram corretamente notificados antes da data do voo,” e que “o serviço para pessoas com mobilidade reduzida causa o mesmo tipo de atrasos quase todos os dias.” Neste sentido, acrescenta que estes atrasos não só afetam os passageiros que necessitam de cuidados, mas também aqueles de vôos posteriores que sofrem atrasadas. AENA responde que, neste caso, a aeronave afetada “passou a noite dentro do aeroporto, ou seja, não iria sair imediatamente para outro destino.”
O Comitê Espanhol de Representantes de Pessoas com Deficiência não tem dados de reclamações sobre este assunto, mas em 2009 elaborou um relatório sobre várias reclamações apresentadas por pessoas com mobilidade reduzida, tais como falta de espaço nos assentos para suas próteses ou a distância das áreas onde estão instaladas nas aeronaves as saídas de emergência.
Carmen Valls, gerente da Fundação Esclerose Múltipla de Madri, diz que os protestos são relativamente frequentes e muitas vezes há atrasos, como o que sofreu Pilar Serrano, membro desta organização. Valls declara: “Os transportes públicos estão cada vez mais adaptado, mas ainda há muitas deficiências”
Fonte: El Pais

sábado, 26 de janeiro de 2013

Projeto Cidadão Capaz. Inclusão no trabalho em postos de combustíveis.


O Projeto Cidadão Capaz teve início em setembro de 2002 e, desde então, promove a adaptação de postos Petrobras às condições necessárias para que pessoas com deficiência possam ser empregadas na rede. Integra o Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras, seguindo a linha de atuação “Geração de Renda e Oportunidade de Trabalho”.
Atualmente existem 17 Postos Petrobras adaptados ao projeto Cidadão Capaz. Neles, cerca de 30 pessoas com deficiência estão empregadas. Através do projeto, estas pessoas colocam em ação o pleno exercício da cidadania, que é um direito de todos, realizando atividades comuns no posto como abastecimento, lavagem de veículos e lojas de conveniência.
Estimulando a inclusão social desses trabalhadores e reconhecendo sua competência profissional, o projeto já foi agraciado com prêmios como o Top Social ADVB Rio 2005 e FGV-EAESP Responsabilidade Social no Varejo 2004.
Projeto Cidadão Capaz da Petrobras, presente em Gramado. Capacita, contrata e dá condições, neste caso, para cadeirantes trabalharem como frentistas em postos de gasolina.
No Projeto Cidadão Capaz , cadeirantes tem um ambiente de trabalho acessível e podem executar todas as tarefas
Adequações
A inclusão do trabalhador no espaço de trabalho exige a adequação de cada área do posto às potencialidades individuais, segundo padrões estabelecidos com base na NBR-9050/2004 – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaços, mobiliários  e equipamentos urbanos e demais literaturas sobre o assunto.
Os postos são adaptados e acrescidos de ítens de segurança como faixas sinalizadoras nas pistas, rampas com corrimão, circulações mais amplas e adaptação de sanitários e vestiários.
Por meio de consultorias que trabalham com a inserção destes cidadãos no mercado de trabnalho, a Petrobras Distribuidora providenciou as adaptações necessárias nos postos. Assim, a Companhia garante qualidade e segurança para que as pessoas com deficiência possam desenvolver suas tarefas adequadamente.
Conheça os postos participantes
Posto V. Brambila
Av. Gov Roberto Silveira, 74 – Centro
Apucarana- PR
Plátamo Auto Posto
Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3540 – Jardim do Paço
Sorocaba – SP
Auto Posto Marília Flex
Av. Tiradentes, 900 – Fragata
Marília – SP
Auto Posto Miramar – Matriz (Posto Navegantes)
Av. Dante Micheline, 1187 – Camburi
Vitória – ES
Auto Posto Rotatória Adhemar de Barros
Av. Brasil, 2300 – Vila Aparecida
Franca – SP
Auto Posto RCC Ltda.
Rodovia Fábio de Carvalho, 149
Valinhos – SP
Auto Posto Santour
Av. Dr. Cláudio Luís da Costa, 291 – Jabaguara
Santos – SP
Auto Posto Verdão Ltda.
Av. Dr. Freitas , 1546 – Sacramenta
Belém – PA
Avenida Flex Ltda.
Av. Rodrigues Alves, 19-45 – Higienópolis
Bauru – SP
Auto Posto Cidade Canção
Av. Gastão Vidigal, 1278 – Zona 8
Maringá – PR
João Augusto Bento da Fonseca
Rua Félix da Cunha, 553 – Centro
Pelotas – RS
Posto Bravo Sociedade Técnica Comercial Ltda.
Av. Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca
Rio de Janeiro – RJ
Posto 109 Sul Derivados do Petróleo Ltda.
SQS 109, bloco A, PAG – Distrito Federal
Brasília – DF
Posto Cidadão Capaz
Rua Prof. Cristiano Fischer, 1339 – Petrópolis
Porto Alegre – RS
Posto Di Trento
Rua 13 de Maio, 1004 – Nossa Senhora de Lourdes
Caxias do Sul – RS
Posto Magnum
Av. Marquês de Olinda, 3.700 – Glória
Joinville – SC
Posto Ecovalle
Av. Prof. Luiz Ignácio Anhaia Mello, 1501 – Vila Prudente
São Paulo – SP
Fonte: Petrobras

domingo, 6 de janeiro de 2013

DEFICIÊNCIA DE MARIO QUINTANA


DEFICIÊNCIAS
Deficiente é aquele que não consegue modificar a vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quere garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia
Paralitico é quem não consegue andar na direção daquelas que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce
Anão é que não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.