segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Inverdades sobre a pessoa com deficiência, que se tornam verdades para a sociedade!!!


Os preconceitos são gerados por falta de informação, fazendo com que a sociedade crie mitos, ideias falsas, que as pessoas acreditam, sem a menor noção de que aquilo não tem o menor fundamento, que é uma  ideias absurda. A sociedade vai transmitidos essas ideias falsas, sem serem percebidos, achando que é verdade, claro, isso gera o preconceito.
Aqui vão alguns exemplos de inverdades que se tornam verdades para a sociedade!!!
Deficiência é sempre devido à herança familiar
A maioria das origens da deficiência, não é origem genética e nem muito menos hereditárias. Elas acontecem, maior parte dos casos, por falta de saneamento básico que causa infecções, falta do pré-natal, “acidentes” no parto e também os acidentes de carro e a violência por arma de fogo.
Existem remédios milagrosos que curam as deficiências
Há  uma serie de pesquisas buscando melhorias e conquistas decorrentes das e do conhecimento de biologia molecular, mas os diferentes tipos de deficiência não têm cura ainda. Têm certos casos que há medicamentos que podem ajudar em um ou outro sintoma, porém o fundamental  é que tenha estimulação da pessoa tornar o ambiente mais acessível física.
Deficiência é doença
Deficiência não é doença, muito menos, contagiosa. Uma deficiência pode ser sequela de uma doença, contudo não é a própria doença.

Pessoas com deficiência física não têm vida sexual
Sexualidade é algomuito mais que, apenas, sexo e, consequentemente, sexo é muito mais que genitalidade. A pessoa com deficiência física, seja homem ou mulher, tem vida sexual, namora, casa e na maior parte dos casos pode ter filhos.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Tetraplégico volta a andar e conta sua saga em livro


Obra aborda acidente aos 14 anos, recuperação e como se tornou psicólogo que atende jovens com dramas iguais ao seu.

Messias
Messias Fernandes tinha 14 anos quando um mergulho no rio provocou fraturas em quatro vértebras cervicais e tirou-lhe os movimentos abaixo do pescoço. O socorro não poderia ser mais desastroso: foi puxado pelos braços e pelas pernas; carregado em carrinho de mão, que trepidou por ruas de terra; transportado no banco traseiro de um Fusca, com a cabeça no colo de uma prima. Dois hospitais negaram-lhe o mais básico atendimento - imobilizar seu pescoço.
Quando chegou ao Hospital Municipal Salgado Filho, soube do médico que a medula estava gravemente comprimida. "Se mexer demais o pescoço, você pode morrer", disse o médico. Tinha tudo para dar errado. Mas Messias conta essa história caminhando pelo Jardim Botânico, ainda que com dificuldade.
Contrariando os pareceres médicos, conseguiu ser operado. Fez fisioterapia na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR)Site externo. por 19 meses, 8 dos quais internado. E saiu dali andando, com a promessa de que voltaria. Hoje é psicólogo da instituição, onde atende jovens com histórias parecidas com a sua. Aos 31 anos, lançou o livro Renascendo de um Mergulho, pela editora Livros Ilimitados, no dia 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência.
O acidente ocorreu em fevereiro de 1995, quatro dias depois de Messias completar 14 anos. O pernambucano de Bom Jardim passava férias na casa de parentes, em Magé, na Baixada Fluminense, e mergulhou num rio. "Senti o impacto na hora, pensei que alguém tinha colocado uma pedra sobre o meu peito, e só a cabeça estava livre." A prima Daniele o encontrou na margem do rio. E improvisou o resgate.
No Salgado Filho, recebeu o diagnóstico de que havia fraturado as vértebras C3, C4, C5 e C6 e a informação de que os médicos nada podiam fazer. Foram 23 dias de internação. A alta veio com a recomendação de que buscasse atendimento na ABBR, entidade reconhecida pela excelência em reabilitação, que atende pelo SUS.
Mas a lesão não estava estabilizada e uma especialista indicou o ortopedista Deusdeth Gomes do Nascimento, especialista em cirurgia de coluna. "Minha primeira avaliação foi de que era irreversível. Mas fiquei com aquilo na cabeça. Era um garoto, alguma coisa tinha de ser feita", conta Nascimento, hoje presidente da ABBR.
O médico teve de convencer a própria equipe de que a cirurgia seria possível. Descomprimiu a medula, fixou as vértebras com enxerto ósseo e placa de titânio. Nada foi cobrado pela cirurgia. Dois meses depois, o estudante voltava ao consultório do especialista caminhando. "É uma cena que você não esquece. Esse caso do Messias exige reflexão: sempre vale a pena tentar."
O livro trata das dificuldades de Messias na reabilitação; o desafio de aprender a escrever com a mão esquerda - foi um ano de treinamento até voltar à escola -; a árdua rotina que incluía trabalho, dois estágios e faculdade.
Como psicólogo, tenta mostrar para os médicos que eles não "trabalham no terreno da certeza". "O discurso precisa ser técnico, mas muitas vezes o paciente não está preparado para ouvir. Alguns médicos, diante da própria impotência, usam esse discurso de que não há mais saída. Ninguém tem o direito de tirar a esperança do outro."
Fonte: http://www.estadao.com.br Site externo.(Clarissa Thomé)
Foto: Wilton Junior/Estadão

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Piso para cegos acaba em muro em avenida da zona oeste de São Paulo


  • Piso tátil para cegos feito na calçada da avenida Faria Lima, altura do número 1.478, acaba em um muro
    Piso tátil para cegos feito na calçada da avenida Faria Lima, altura do número 1.478, acaba em um muro

    • Um trecho do piso tátil para cegos feito recentemente na avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, leva de maneira inesperada o pedestre para um muro, em vez de conduzi-lo para a rampa de acesso ao semáforo. As calçadas recém-reformadas da avenida passaram a contar no mês passado com os pisos vermelhos feitos com riscos em relevo que auxiliam na locomoção dos cegos, conhecido como piso tátil direcional.
      No entanto, no trecho que envolve o cruzamento da avenida Faria Lima com a avenida Eusébio Matoso, o cego que circular pelo piso tátil terminará se deparando com uma mureta e uma moita, sem qualquer mudança no piso que o certifique de que terá um obstáculo. Essa alteração faz parte das normas para a construção desse tipo de piso.
      Em outros trechos da Faria Lima pode-se observar que quase todos os pisos levam o pedestre cego às rampas de acesso aos semáforos. Assim, ele tem tempo de se situar e poder perguntar para alguém se o sinal está verde ou vermelho e atravessar para seguir em frente.

      Desvio necessário

      Segundo João Felippe, professor de orientação e mobilidade da Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual), deveria haver algum desvio que impedisse o cego de bater no muro e que o levasse ao lado do semáforo. Curiosamente, a mureta se encontra no lado oposto.
      "O que geralmente a gente indica é que o piso de acesso não entre em contato com nenhum obstáculo. Como ele está caminhando para uma parede, se tiver possibilidade, deveria se fazer o desvio dessa mureta. Agora, se não tiver espaço, deveria ter colocado um piso de alerta um pouco antes, para ele saber que algo de diferente vai acontecer", disse Felippe.

      VEJA DETALHE DO PISO X MURO

      • Lello Lopes/UOL
        Piso termina em muro, sem oferecer desvio ou outra sinalização tátil para descobrir obstáculo
      O piso de alerta, também conhecido como piso braile, é uma faixa de 50 cm, feita com bolas em relevo, fáceis de perceber com a bengala e mesmo com os pés. Elas aparecem também em rampas usadas para cadeirantes. O piso riscado que aparece na foto é chamado piso direcional.
      Outra opção neste caso, segundo Felippe, seria criar um desvio para o lado da rampa de acesso ao semáforo, em vez de ter terminado o piso no próprio muro.
      "Esse piso direcional deveria ser desviado na calçada para outro ponto. Se ele [o cego] tiver usando adequadamente a bengala, pode tocar na mureta e desviar. Mas já que existe passagem para um dos lados, deveria ter o desvio para lá", afirma.
      Eliana Cunha Lima, gerente de serviços especializados da Fundação Dorina Nowill para Cegos, concorda que há problemas no piso. Para ela, a obra foi feita de ‘forma inadequada’.
      "Só conseguimos tornar adequado a instalação de um piso tátil se houver análise de vários fatores que vão desde a escolha do material e medidas que devem obedecer as normas da ABNT até e principalmente abranger a necessidade real de instalação em um determinado local, tendo em conta as demandas da população que irá utilizá-lo", disse em nota.
      Para Lima, mais do que obedecer a normas de acessibilidade em vigência, o fundamental na escolha dos locais de instalação dos pisos táteis é levar em conta a rotina de deslocamento das pessoas cegas e com baixa visão.
      "O nosso foco deve ser sempre a pessoa que utilizará os recursos e não somente o cumprimento de normatizações legais", reitera.

      Outro lado

      A subprefeitura de Pinheiros, responsável pela obra, disse que a solução adotada para o piso tátil instalado no trecho ‘está em conformidade com as referências dispostas na ABNT NBR9050:2004’.
      "Para o referido trecho, onde a calçada possui curvatura à direita e grande quantidade de tampas de concessionárias junto ao pavimento, optou-se por levar o piso direcional a uma guia de balizamento, de forma que o pedestre possa caminhar com segurança até a travessia. Esclarecemos que a guia de balizamento, construída junto ao canteiro, tem a função de orientar o percurso do usuário na calçada. A função do piso direcional só pode ser plena se este conduzir o pedestre a um caminho livre de interferências", disse em nota.
      Entre 2009 e 2012, a prefeitura já reformou mais de 545 mil m² de passeios públicos e rotas nas avenidas Paulista, Santo Amaro e Faria Lima, onde ‘foram implantadas medidas de acessibilidade’, segundo informações da subprefeitura de Pinheiros.
      Nesta quinta-feira (13), é celebrado em todo o país o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual. Dados do Censo 2010, o mais recente divulgado sobre o tema, mostrou que a deficiência visual é o tipo mais comum de deficiência no Brasil, atingindo 35,8 milhões de pessoas com dificuldade para enxergar (18,8%), mesmo de óculos ou lentes de contato.
      A deficiência visual severa (pessoas que declararam ter grande dificuldade de enxergar ou que não conseguiam de modo algum) atinge 6,6 milhões de pessoas, sendo que 506,3 mil são cegas (0,3%), segundo dados do levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).´

      Hoje, 13 de dezembro, é comemorado o Dia Nacional do Cego


      Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual. Entre as deficiências declaradas, a de maior incidência foi a visual, atingindo 3,5% da população.

      Símbolo que representa um deficiente visual
      No dia 13 de dezembro, é comemorado no Brasil o Dia Nacional do Cego. Criado em 1961, a data foi instituida para incentivar o princípio de solidariedade humana, mundialmente estabelecido no princípio da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Também é o Dia de Santa Luzia que é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a "janela da alma", canal de luz.

      Segundo dados do IBGESite externo. de 2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm algumadeficiência visual. Entre as deficiências declaradas, a de maior incidência foi a visual, atingindo 3,5% da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde com tratamento precoce, atendimento educacional adequado, programas e serviços especializados, a perda da visão não significa o fim de uma vida independente e produtiva.
      Como é o caso de Marquinho de 8 anos. Desde que nasceu ele enfrentou sérios problemas de desenvolvimento. Sua mãe, Maria Gilma, uma cortadora de cana alagoana, percebia que havia algo de errado com o filho, mas nenhum médico deu a ele a devida atenção. Disposta a lutar por um tratamento digno para o bebê, ela cruzou o país e decidiu buscar em São Paulo as respostas que ninguém havia lhe dado até então.

      Marquinho foi diagnosticado com uveíte grave - inflamação numa camada do globo ocular, mas teve de ficar mais três anos em filas de espera até conseguir tratamento. Marquinho não andava, não conversava, não tinha amigos e era uma criança triste. Nenhuma escola o aceitava: "Todas o rejeitavam e diziam 'seu filho não pode estudar com as crianças normais".

      Foi aos cinco anos de idade que um mundo novo se abriu para ele: sua mãe foi aconselhada a procurar atendimento especializado para crianças cegas na Fundação Dorina Nowill para Cegos. De lá para cá, Marquinho vem à instituição toda semana. Está sendo alfabetizado, já consegue ler e escrever em braille e começou a andar. Segundo Edni Silva, pedagoga da Fundação DorinaSite externo., em breve Marquinho será preparado para o uso da bengala longa, o que vai garantir sua independência na locomoção.

      Marquinho acabou a 2ª série do Ensino Fundamental, passou a conversar e já lê bastante. Hoje em dia, se sente mais seguro. "Antes ele chorava demais quando as pessoas falavam que ele não conseguia fazer nada direito", desabafa a mãe. "Muitas vezes eu perdi as minhas forças e acabei chorando junto. Mas agora ele descobriu que pode fazer tudo o que os amiguinhos fazem. Meu filho hoje é uma criança feliz!"

      A Fundação Dorina Nowill para Cegos em seus quase 67 anos de existência, colaborou com a melhoria de vida de milhares de pessoas com cegas e com baixa visão, por meio do acesso à educação e a cultura. A instituição oferece programas de clínica de visão subnormal, educação especial, reabilitação e empregabilidade, além de produzir e distribuir livros braille, falados e digitais acessíveis.
      A instituição tem orgulho de trabalhar com respeito, ética, perseverança e dedicação para ajudar a iluminar com a reabilitação e livros acessíveis, o caminho das milhares de pessoas com deficiência visual que passam por seus programas a cada ano. Renascimento e Transformação são as palavras que expressam melhor essas vidas. Mas o mais importante é que toda a sociedade perceba que na vida há muita coisa para ser feita, mesmo sem enxergar.

      terça-feira, 11 de dezembro de 2012

      Deficientes visuais superam barreiras e criam enfeites natalinos em Santos


      Alunos costuram, colam e montam árvores de natal usando apenas o tato.
      Árvores, guirlandas, almofadas, espelhos e luminárias são produzidas.


      Artigos natalinos são produzidos por deficientes visuais (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)Artigos natalinos são produzidos por deficientes visuais (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
      Escolher os enfeites para ornar uma árvore de Natal pode ser uma tarefa que exige bom gosto para definir as cores e os adereços mais chamativos. Mas esta tarefa exige muito mais quando é feita por deficientes visuais. Apenas com a sensibilidade do tato, os alunos do Lar das Moças Cegas de Santos, no litoral de São Paulo, confeccionam árvores e outros enfeites natalinos para serem vendidos em um bazar.
      Árvores, guirlandas, almofadas, espelhos, luminárias e objetos decorativos são produzidos pelos alunos durante as aulas de oficina pedagógica. Para a professora da oficina, Vitória Fátima Tartaglione, o projeto traz diversos benefícios para os alunos. “O objetivo é desenvolver a sensibilidade e a concentração, por meio da criatividade, coordenação motora e atenção”, diz.
      Aluna com deficiência visual prepara um tapete (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)Aluna com deficiência visual prepara um
      tapete (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
      Mesmo sem o auxílio total da visão, os alunos cortam, colam e costuram. Até pulseiras com pequenas miçangas são produzidas. O aluno Sérgio Souza conta que era decorador antes de perder a visão e, com isso, encontrou nas oficinas uma forma de entretenimento. “É um passatempo, uma distração. Gosto de fazer mosaicos com pastilhas, decorar garrafas com papel coador de café e até criei uma luminária”, afirma Sérgio.
      As mulheres preferem trabalhar com o fuxico. Muitas alunas deficientes visuais passaram a costurar nestas aulas. “Aprendi aqui. Gosto de fazer guirlandas de fuxico. Aprendi tudo com as professoras, que são muito pacientes”, afirma a aluna Nilza Martins de Oliveira.
      Os objetos de decoração natalina serão expostos e vendidos no bazar do Lar das Moças Cegas. Toda a renda obtida com a venda dos enfeites será revertida à entidade. O bazar prossegue até esta sexta-feira (7), das 10h às 19h, na rua Carvalho de Mendonça, 229, Vila Mathias, em Santos.

      Alunos confecionam objetos na aula de oficina pedagógica (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
      Alunos confeccionam objetos na aula de oficina pedagógica (Foto: Anna Gabriela Ribeiro g1)
      Fonte:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/12/deficientes-visuais-superam-barreiras-e-criam-enfeites-natalinos-em-santos.html

      Vírus da Aids é usado para combater leucemia em menina de 7 anos


      Emma Whitehead foi tratada junto com outros 11 pacientes na Pensilvânia.
      HIV deficiente alterou células imunes; 2 pessoas estão bem há 2 anos.



      A garota americana Emma Whitehead, de 7 anos, conseguiu combater uma leucemia – câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa do organismo – graças a uma técnica experimental que usa uma forma deficiente do vírus da Aids para alterar as células do sistema imunológico e fazer com que o próprio paciente elimine a doença. As informações são do site do jornal "The New York Times".
      Os resultados obtidos por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia em 12 pessoas foram apresentados neste domingo (9) e nesta segunda-feira (10) em uma reunião da Sociedade Americana de Hematologia, em Atlanta.
      Emma já havia passado por sessões de quimioterapia, mas a doença voltou duas vezes. Desesperados, os pais procuraram um tratamento novo no Hospital Infantil da Filadélfia, que começou em abril e utilizou a variedade modificada de HIV para reprogramar o sistema de defesa dos pacientes e matar as células cancerosas.
      Menina leucemia (Foto: Jeff Swensen/The New York Times)Emma e a mãe, Kari, em Philipsburg, Pensilvânia, no sábado (8)  (Foto: Jeff Swensen/The New York Times)
      O tratamento com o remédio tocilizumab, porém, quase matou a menina – que teve 40,5° C de febre, ficou inconsciente e quase irreconhecível de tão inchada. Ela precisou respirar por aparelhos, e familiares e amigos chegaram a se despedir dela.
      Hoje, mais de sete meses depois, o câncer desapareceu – mas a cura só é considerada total após um período de cinco anos. Emma voltou à escola, tem tirado notas altas e lê até 50 livrinhos por mês. Ela foi a primeira criança e um dos primeiros seres humanos a ter sucesso com a nova técnica, que dá ao sistema imune do próprio paciente a capacidade permanente de combater a doença.
      A garota, que é filha única, foi diagnosticada em 2010 com leucemia linfoide (ou linfoblástica) aguda, que danifica o DNA de um grupo de células na medula óssea, que acabam sendo substituídas por células doentes.
       Três adultos com leucemia crônica também tiveram remissão completa do câncer durante o estudo, e dois deles estão bem há mais de dois anos. Outros quatro adultos melhoraram, mas a doença não desapareceu completamente, e um quinto foi tratado muito recentemente, motivo pelo qual ainda é cedo para ser avaliado.
      A outra criança submetida ao processo melhorou, mas depois teve uma recaída. E, em dois adultos, o tratamento não funcionou.
      Apesar dos diferentes resultados, especialistas em câncer dizem que a pesquisa é uma grande promessa, porque conseguiu reverter casos aparentemente sem esperança em uma fase de testes ainda inicial.
      Os cientistas acreditam que o mesmo método de reprogramação do sistema imune possa ser usado contra tumores de mama e próstata. Segundo o médico Carl June, que lidera os trabalhos, o novo tratamento poderia, no futuro, substituir o transplante de medula óssea – última esperança para indivíduos com leucemia e doenças similares.
      Em agosto, a farmacêutica suíça Novartis resolveu apostar na equipe da Pensilvânia e destinará R$ 41,5 milhões para a construção de um centro de pesquisas no campus da universidade, com o objetivo de levar essa terapia para o mercado.
      Como funciona o tratamento
      Durante o processo, os médicos retiram dos pacientes milhões de células T – um tipo de glóbulo branco do sangue – e inserem novos genes que permitem que essas células matem as cancerosas. Elas fazem isso ao atacar as células B, parte do sistema imune responsável pela "malignização" celular, que leva à leucemia.
      A técnica emprega uma forma deficiente do HIV, que é boa para transportar material genético nas células T. As células T alteradas, então, multiplicam-se e começam a destruir o câncer.
      Um sinal de que o tratamento está funcionando é que o paciente fica doente, com febre, calafrios, queda na pressão arterial e problemas nos pulmões.
      Muitas questões sobre o novo tratamento ainda permanecem, como o fato de se ele realmente funciona e por que às vezes falha. Além disso, ainda não está claro se o corpo dos pacientes precisará passar por alterações permanentes nas células T.
      Outro problema é que, assim como elas destroem as células B cancerosas, matam também as saudáveis, deixando as pessoas vulneráveis a certos tipos de infecções – razão pela qual os voluntários precisam receber regularmente proteínas chamadas imunoglobulinas.

      segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

      Baixada Santista concorre ao Prêmio Ações Inclusivas


      Com o objetivo de premiar e incentivar práticas inclusivas, o concurso recebeu projetos de Bertioga, Praia Grande e Santos


      A terceira edição do Prêmio Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência recebeu projetos de todo o Estado. Os municípios de Bertioga, Praia Grande e Santos foram responsáveis por inscrever uma iniciativa cada um. Realizada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a premiação tem o objetivo de estimular a implantação de iniciativas inclusivas, além de identificar e reconhecer as já existentes. As 10 melhores práticas inclusivas serão premiadas em uma cerimônia que acontece dia 12 de dezembro, às 18h, na capital paulista.
      Nesta terceira edição, puderam se inscrever representantes da gestão pública e de instituições não governamentais sem fins lucrativos. Segundo os critérios estabelecidos no regulamento do prêmio, serão selecionadas 30 ações finalistas que receberão Certificado de Participação. As 10 melhores práticas inclusivas ganharão troféu, placa de menção honrosa, difusão em publicação impressa e divulgação através de site.
      Em sua terceira edição, o prêmio Ações Inclusivas premia boas iniciativas para inclusão da pessoa com deficiência (Foto: Divulgação)
      Em sua terceira edição, o prêmio Ações Inclusivas premia boas iniciativas para inclusão da pessoa com deficiência (Foto: Divulgação)

      O Brasil tem hoje cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Somente no Estado de São Paulo, esse número ultrapassa 9 milhões. Para a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, o prêmio tem o intuito de potencializar a questão da inclusão. “As políticas de inclusão devem ser reconhecidas e incentivadas. Em todo o Estado, os municípios vêm promovendo importantes progressos relativos às pessoas com deficiência. O Prêmio é um instrumento para difundir e multiplicar esses trabalhos tão importantes”, afirma a secretária.

      Google premia mapa virtual com foco em acessibilidade criado por paulistano


      Dono da ideia irá receber R$ 35 mil e fará viagem a sede da empresa para discutir projeto.

      Publicada em 10 de dezembro de 2012 - 09:00

      Rampa de acessibilidadeGoogle MapsSite externo. é a ferramenta mais usada por quem quer descobrir o melhor caminho para ir de um lugar a outro. Imagine uma versão adaptada para cadeirantes, que indica as melhores ruas – e até as melhores calçadas – para se locomover pela cidade. Essa ideia, transformada em projeto pelo paulistano Eduardo Battiston, acaba de ser premiada pelo próprio Google e pode virar uma ferramenta da gigante de buscas.
      Eduardo é o vencedor do Creative Sandbox Brief, uma iniciativa anual da empresa para incentivar ideias inovadoras. Ele levou R$ 35 mil para dar início ao projeto e irá viajar para uma sede da companhia americana (pode ser na Califórnia ou em Nova York, não está decidido), para discutir a criação com desenvolvedores do Google.
      O projeto se chama Accessibility View e inclui um aplicativo para que moradores das cidades possam atualizar as informações do sistema, reportando se um buraco foi consertado ou se uma guia foi danificada, por exemplo. "A intenção é que os principais municípios brasileiros tenham uma espécie de Googles Maps de acessibilidade", diz Eduardo.Após morar dois anos em Madrid, ele percebeu como as cidades brasileiras ainda têm graves problemas de mobilidade para pessoas deficientes. "O dinheiro do prêmio servirá para botar a primeira fase do projeto no ar, o que significa começar o mapeamento e fazer o aplicativo", diz Eduardo, que tem 36 anos e é diretor de criação publicitária na Agência Click Isobar.A princípio, o Accessibility View funcionará como um site próprio, mas, ainda que seja apenas uma possibilidade, pode se tornar um "botão" dentro do próprio Google Maps. "Se o Google gostar muito e quiser implementar no site, fico lisonjeado", diz Eduardo."A ideia é viável", afirma Marco Bebiano, responsável pela área de agências de publicidade dentro do Google Brasil. "Após ele ir para a sede da empresa, vamos revisitar a ideia e ver aonde ela pode chegar, mas pode, sim, virar um botão", diz.De qualquer forma, Eduardo irá buscar viabilizar o site com anunciantes e pessoas dispostas a investir nele. "Espero que a primeira fase entre no ar no início do ano que vem, provavelmente na cidade de São Paulo", afirma. "O importante é que se torne realidade. É um projeto meu, mas quero que se torne dos cadeirantes", diz o criador.O Creative Sandbox premiou ainda um projeto para mapear favelas pacificadas do Rio de Janeiro usando o Google Maps (como segundo lugar) e outro que mostra imagens de crianças desaparecidas nos resultados de busca do Google Imagens (como terceiro).Fonte: http://economia.ig.com.br

      sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

      Menina cadeirante tem transporte negado para fazer tratamento em São Paulo



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      Bianca, de oito anos, é portadora de necessidades especiais e usa uma cadeira de rodas. Ela depende de transporte público para ir à escola todos os dias e levá-la ao tratamento de fisioterapia duas vezes por semana. Porém, a mãe da menina tem que escolher para qual finalidade usará o transporte para a filha, já que a justificativa dos órgãos públicos é de que ele só pode ser acionado para uma causa. Veja em O Povo Sofre!


      http://r7.com/eUtw

      quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


      Israelenses criam luvas que transformam linguagem de sinais em mensagens de texto

       O termo correto é Lingua de Sinais -



      Texting Glove utiliza um controle Arduino e um software desenvolvido para aparelhos Android.

      Por Fernanda Morales

      A tecnologia vem aprimorando cada dia mais novos mecanismos para tornar a vida de pessoas com deficiências físicas mais simples e acessível. E desta vez, um grupo de pesquisadores israelenses desenvolveram uma luva capaz de transformar a linguagem de sinais, utilizada por pessoas com deficiência auditiva, em mensagens de texto, a Texting Glove.
      Desenvolvida por Oleg Imanilov, Tomer Daniel e Zvika Markfield, a Texting Glove foi apresentada pela primeira vez durante o evento anual de desenvolvedores da Google em Tel Aviv, Israel.
      De acordo com o Fashioning Tech, a luva foi desenvolvida utilizando um controle Arduino Lilypad, sensores de mobilidade nos dedos, um acelerômetro, um giroscópio e uma placa ADK (Android Open Acessory Development Kit).
      Depois de conectada a um smartphone com sistema operacional Android, os sinais são transmitidos para o aparelho celular, que utiliza um software exclusivo para traduzir os gestos para uma mensagem de texto.
      A Texting Glove precisa de calibração e treinamento de tempos em tempos e o mais interessante, segundo o Ubergizmo, é que o usuário não precisará soletrar as palavras, o sistema poderá acompanhar com rapidez todas as palavras e frases que forem ditas.

      Um vídeo produzido pelos criadores mostra a Texting Glove em ação e pode ser conferido no Vimeo pelo atalho vimeo.com/32568637.

      Fonte: Geek

      Deficiência física não é obstáculo para gravidez, lembra Ministério da Saúde


      Ministério da Saúde lembra que apesar dos mitos e preconceitos sobre o assunto, mulheres com deficiência física, visual, auditiva ou intelectual também podem engravidar. "É impressionante o espanto da sociedade em geral sobre o fato de que mulheres com deficiência, inclusive física, podem engravidar e ser mães. Isso pode nos fazer refletir o quanto a marca da deficiência se sobrepõe à pessoa humana. Portanto, vale dizer: mulheres com deficiência podem engravidar", a declaração da coordenadora da área da saúde da pessoa com deficiência, do Ministério da Saúde, Vera Mendes, serve como alento para muitas mulheres que desejam ser mãe. "Não importa o tipo de deficiência, seja física, visual, auditiva ou intelectual, elas continuam sendo mulheres e, se assim desejarem, podem viver a experiência da maternidade", enfatiza Mendes. Como toda mulher, os cuidados devem começar logo após a notícia da gravidez, durante o pré-natal. É nessa fase que o médico definirá os procedimentos mais adequados a cada caso, respeitando as peculiaridades de cada paciente. O Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para acompanhar todo o processo de gestação dessas mães. Do acolhimento e orientação ao casal até o momento do parto. Durante a gestação também são realizados exames de avaliação do desenvolvimento do feto e da saúde materna. O acompanhamento do bebê e da mãe não termina no nascimento. Ele segue durante os primeiros meses de vida da criança, incluindo o acompanhamento à saúde da mãe. Este acompanhamento está disponível desde as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de todo o País, aos ambulatórios especializados nas unidades hospitalares. O procedimento durante a gestação de uma grávida com deficiência segue o mesmo fluxo de qualquer gestação, sendo eles: pré-natal de risco habitual ou de alto risco. Em cada um dos casos, o médico que acompanha a gestação é quem define os procedimentos a serem seguidos. As orientações são particulares a cada gestação independente da deficiência, que neste caso, é considerado apenas como uma condição a mais a ser observada, mas que não significa obrigatoriamente gravidez de risco. No caso de mulheres com deficiência de ordem genética, é recomendável a realização de exames complementares. Já para mulheres que fazem uso de cadeiras de rodas a orientação é que durante a gravidez esta possa ser acompanhada por outros profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que a auxiliem na realização de exercícios terapêuticos e reordenação de suas atividades cotidianas, visando atenuar, por exemplo, problemas circulatórios. A realização do parto cesariana só é recomendado quando representar maior proteção à saúde da mãe e do bebê. "Isso significa que o mito de que a mulher com deficiência tem que ter cesárea não é correto. Devem ser feitos apenas se recomendado pelo médico que realiza o acompanhamento de sua gestação", destaca Vera Mendes. Criada ano passado, em parceria com outros 15 ministérios, o Viver Sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência vai investir nos próximos três anos R$ 7,6 bilhões. O Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade.

       Fonte: CenárioMT

      Tetraplégicos controlam robô com poder da mente

      Cientistas do projeto BrainGate2 desenvolvem sistema que transforma a atividade elétrica do pensamento captada por eletrodos em mensagens decodificadas por um computador.

      Num feito inédito que parece saído da ficção científica, pesquisadores americanos e alemães conseguiram fazer com que pacientes tetraplégicos movimentassem braços robóticos apenas com o poder da mente. Num dos casos, uma mulher que há 14 anos não tinha qualquer movimento de braços e pernas agora pode levar de novo uma xícara de café à boca. Sua mente controla um braço robótico que pega a xícara e a leva a sua boca. Parece um pequeno avanço para a maioria de nós que sequer pensa conscientemente antes de beber água quando tem sede. Mas para pessoas imobilizadas por lesões neurológicas é um ganho imenso de qualidade de vida voltar a poder fazer essas tarefas básicas, sem precisar de ajuda.

      No estudo publicado na revista "Nature", cientistas do projeto BrainGate2 relatam como desenvolveram o sistema que transforma a atividade elétrica da mente captada por eletrodos em mensagens decodificadas por um computador, que ordena a braços robóticos que executem o que a pessoa deseja. Vários grupos de pesquisa no mundo desenvolvem tecnologias assim. Dentre eles está o do brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade de Duke, na Carolina do Norte. Porém, o estudo apresentado na "Nature" esta semana é o que foi mais longe com seres humanos.
      A pesquisa foi desenvolvida por uma equipe integrada por cientistas da Universidade Brown, do Hospital Geral de Massachusetts, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard e do Centro Espacial da Alemanha.
      O grande avanço aconteceu em 12 de abril, quando uma mulher paralisada há quase 15 anos, controlou um braço robótico para tomar café. A mulher, cujo nome não foi revelado, tem 58 anos. No estudo, ela é apresentada apenas como S3. O outro paciente é um homem de 66 anos, identificado somente como T2. Ambos sofreram derrames devastadores que lhes tomaram todo o controle dos membros superiores e inferiores.
      No estudo os pacientes tiveram sua atividade neuronal usada para controlar diretamente os movimentos de dois tipos de braços robóticos. Um foi criado pelo Instituto de Robótica e Mecatrônica do centro alemão. O outro pela Deka Pesquisa e Desenvolvimento, uma empresa americana.
      A base do sistema é um pequeno equipamento — do tamanho de um comprimido infantil — que acomoda 96 minúsculos eletrodos. Ele é implantado no córtex motor, a parte do cérebro que controla o movimento voluntário. Os eletrodos conseguem captar a atividade dos neurônios quando a pessoa pensa em determinada tarefa. Esses sinais elétricos são transmitidos para um computador externo, que transforma o padrão de pulsos nervosos em comandos para o braço robótico. O fundamental é o sistema computacional que consegue interpretar os sinais emitidos pelos neurônios e transmiti-los para o robô.


      O estudo representa a primeira demonstração e o primeiro artigo com revisão por pares de pessoas com tetraplegia usando sinais cerebrais para controlar membros robóticos para que executem tarefas que os membros normais fariam.
      "Nossa meta é desenvolver tecnologia para devolver a independência e a mobilidade de pessoas com paralisia", disse o chefe do estudo, Leigh Hochberg, da Universidade de Brown.
      Ainda serão necessários vários anos antes que esse tipo de tecnologia possa se tornar uma opção para pessoas paralisadas. Por enquanto, ela é cara e experimental. Mas neurocientistas acreditam estar no caminho certo.

      Fonte: http://oglobo.globo.com

      quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

      Paraplégicos voltam a andar sozinhos com ‘calça robótica’



      Um par de “calças robóticas” apelidado como ReWalk (ReCaminhar, traduzido para português) foi criado para ajudar pessoas paraplégicas a voltar a andar apoiadas por este aparelho.
      A inovação foi mostrada numa feira tecnológica “Naidex” em Birmingham, no Reino Unido, e deverá ser comercializada dentro de um ano.
      Veja o Vídeo

      A empresa responsável pela criação do ReWalk é a Argo Medical Technologies, sediada em Israel. O aparelho foi criado para reabilitar os soldados que voltem com ferimentos dos cenários de guerra, como o Afeganistão.
      Fim das cadeiras de roda?
      A tecnologia já está sendo testada numa unidade especializada em danos da coluna, na Itália, após uma extensiva fase de testes, sendo que uma versão para o público em geral deverá chegar no final do ano.
      O ReWalk consiste numa espécie de exoesqueleto que é usado pelo utilizador. É equipado com motores computorizados que mantém o aparelho na posição vertical permitindo subir degraus sem ser necessário qualquer ajuda de outra pessoa.
      A autonomia que proporciona é uma das vantagens deste aparelho para as pessoas que passam a viver dependentes de outras.
      Tornar a andar é benéfico não só a nível físico, já que impede uma série de problemas relacionados com a posição sentada que tem de ser adotada numa cadeira de rodas.
      Cadeirantes - calça robótica
      A nível psicológico proporciona também uma maior qualidade de vida.
      “Para mim é incrível, a liberdade, dizerem-me que posso andar outra vez depois de me terem dito que nunca mais andaria é brilhante”, comentou Kaiof, israelense treinado no uso do dispositivo depois de ter perdido o controle das pernas enquanto estava no exército do seu país.
      “Já tenho utilizado as calças há dois anos, e mudou a minha vida, posso viver normalmente outra vez”, acrescentou.
      O responsável pela introdução do Rewalk no Reino Unido é a empresa Cyclone Technologies por um valor aproximado de 50.000 libras (cerca de 130 mil reais), de acordo com o jornal The Telegraph.

      Fonte: http://www.materiaincognita.com.br/paraplegicos-voltam-a-andar-sozinhos-com-calca-robotica/#axzz1tfMnK9Id 

      Adaptações simples podem tornar a casa de idosos e deficientes físicos mais segura

      A segurança e o conforto dos moradores são aspectos imprescindíveis nas residências onde vivem pessoas com limitações motoras ou mobilidade reduzida, como idosos ou deficientes físicos.


      Adaptações simples e econômicas podem ser realizadas com o objetivo de prevenir acidentes e tornar o deslocamento das pessoas mais fácil e seguro como a instalação de barras de apoio, torneiras e misturadores de fácil acionamento e manuseio, pontos de luz que guiem o caminho pelos cômodos, entre outras opções. 

      No mercado, é possível encontrar uma variedade de produtos para criar ambientes confortáveis, que mantenham a estética e agreguem segurança e conforto aos moradores. Em casa, as áreas com mais riscos são as molhadas e escorregadias, como banheiros, cozinhas, áreas de serviço e quintais, que precisam de cuidados adicionais, com o objetivo de reduzir acidentes domésticos.
      Como medida preventiva, é recomendada a instalação de barras de apoio no banheiro a uma altura de 30 centímetros acima do tampo do vaso sanitário, permitindo maior flexibilidade e segurança no deslocamento. Na cozinha, as barras de apoio devem ser instaladas em locais firmes e a torneira ou o misturador em altura média de 30 centímetros sobre a pia. Alguns modelos de torneiras ou misturadores oferecem, inclusive, opções de acionamento por meio de manoplas diferenciadas, que permitem maior facilidade de manuseio. Outra medida simples e eficaz é a instalação de luzes de emergência nos corredores e cômodos de maior movimento que, em caso de ausência de luz, facilita o deslocamento das pessoas dentro da casa.
      Em jardins, áreas de serviço e quintais é indicado o uso de pisos antiderrapantes, que reduzem a possibilidade de acidentes. Em áreas internas, como salas e quartos, esses produtos também são recomendados. O investimento realizado na adaptação da casa não implica, necessariamente, em altos custos, mas torna o projeto de arquitetura seguro e confortável. “Cada vez mais, as pessoas estão investindo em segurança, o que faz com que os fornecedores trabalhem no desenvolvimento de produtos com tecnologia a preço acessível. Hoje, por exemplo, vemos que a utilização das barras de apoio vai além das limitações físicas das pessoas com mobilidade reduzida e atinge também outras faixas da população, que se conscientizam dos benefícios deste tipo de produto em áreas molhadas e escorregadias como piscinas, saunas e banheiros”, conclui Julio Azevedo, coordenador de mercado de Metais da Saint-Gobain Distribuição Brasil.

      Fonte: Correio Braziliense

      Comissão quer classificar crimes contra pessoas com deficiência como crimes contra os direitos humanos

      O relator da comissão, o procurador da República Luiz Carlos Gonçalves, lembrou que tal enquadramento já é feito pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, também conhecida como Convenção de Nova York.




      A comissão de juristas instituída pelo presidente do Senado, José Sarney, para elaborar um anteprojeto de novo Código Penal decidiu nesta segunda-feira (21) sugerir a criação de um novo capítulo na lei penal para tratar os crimes contra pessoas com deficiência como crimes contra os direitos humanos.

      Segundo o relator, mesmo sendo o primeiro a receber status de norma constitucional no Brasil, o tratado não encontra aplicação prática por não ter sido incorporado ao Código Penal.
      – A doutrina brasileira entende que os tratados obrigam a tipificação dos crimes, mas não permitem a criminalização imediata. Então, a partir do tratado, os países que o celebram têm que adaptar a sua legislação interna aos seus comandos — disse Luiz Carlos Gonçalves.

      Crimes cibernéticos

      A comissão aprovou ainda a criação de um capítulo especial relacionado aos crimes da internet, baseado no projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada, porém com dispositivos mais abrangentes.

      — Criamos um capítulo especial relacionado aos crimes da internet, inclusive com definições penais. E, além disso, demos destaque, por exemplo, à conduta de falsa identidade, que já é crime, mas não a falsa identidade na internet, quando uma pessoa se faz passar por outra — explicou o relator.

      Outra alteração proposta pelos juristas foi com relação ao crime de interceptação telefônica, que foi tornado mais grave, tendo sua pena aumentada, especialmente quando o crime for praticado por meios que permitam a ampla divulgação da informação

      Fonte: Cenário MT

      Transporte público coloca em risco vida de cadeirantes em São Paulo

      iG acompanhou um deficiente físico e notou que motoristas e cobradores não sabem utilizar os elevadores dos ônibus adaptados na capital. 

      Deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida enfrentam na cidade de São Paulo desafios muitas vezes maiores dos que os já vividos após uma doença ou fatalidade que limitou seus movimentos. Vítima da paralisia infantil quando tinha apenas 8 meses de vida, Juracir Barbosa da Silva, de 52 anos, chega a classificar sua batalha contra paralisia mais fácil do que uma simples atividade diária: utilizar o transporte público.

      Silva tem motivos para desacreditar no sistema de transporte público da capital. Ele vende balas em um cruzamento da zona sul há mais de 30 anos e, por isso, utiliza pelo menos quatro ônibus diariamente. “Não tem um dia que não discuto com algum motorista ou cobrador. Às vezes preciso implorar por ajuda (para ser colocado dentro do ônibus)”. E foi o mau preparo de uma dupla de funcionários na região do Grajaú, onde mora há 40 anos, que colocou sua vida em risco.
      Quando voltava para casa do trabalho, no dia 24 de janeiro, Silva utilizou a linha 6062/51 Jd.Castro Alves/Term.Santo Amaro, por volta das 16h. Já acostumado com os elevadores das lotações, o vendedor disse ter percebido que o cobrador não estava confiante para comandar o equipamento. “Desliguei minha cadeira e ele apertou o botão de descida. Ele não esperou chegar até o final e apertou (o botão)”, explicou. Com isso, o aparato foi acionado para remover a prancha, como na manobra de embarque.
      “Senti a cadeira deslizando e comecei a gritar. Caí e senti a cadeira caindo em cima de mim. Cheguei a ouvir uma gritaria entre os passageiros e o cobrador. Era muito sangue, pensei que iria morrer.” Silva ficou no asfalto por cerca de 30 minutos esperando o resgate (como mostra a foto acima). Com a queda, ele sofreu uma fratura no fêmur da perna esquerda e levou quatro pontos no nariz.
      Após passar três meses internado no Hospital do Grajaú, o vendedor contou ao iG que ainda se sentia abandonado pela cooperativa responsável pela lotação, que não teria prestado nenhuma assistência, segundo ele. “Fiquei ali no asfalto estendido. Uma sensação pior do que senti no dia em que entendi que não poderia andar. Foi a primeira vez que chorei na vida.”
      Após o acidente, a família de Silva procurou a Polícia Civil e o caso é investigado pelo 101º DP, do Jardim das Embuias. A São Paulo Transporte (SPTrans) informou que o veículo envolvido no acidente, com o prefixo 6 6121, passou por vistoria no dia 16 de janeiro e segue em circulação. Tal informação comprovaria que a falha teria sido operacional (do cobrador) e não mecânica (do elevador). Procurada pela reportagem, a cooperativa Cooper-Pam, que é responsável pelo carro no acidente, não retornou para dar um posicionamento.

      Dificuldades

      A dificuldade de se locomover na cidade de São Paulo não é exclusiva de Juracir Silva. O iG acompanhou o trajeto do porteiro Giovani Antônio Batista, de 47 anos, também diagnosticado com paralisia infantil nos primeiros meses de vida. Para chegar ao trabalho, às 8h30, ele utiliza pelo menos quatro linhas de ônibus no intervalo de duas horas e outras quatro no final do dia.
      Morador da Vila Jacuri, no extremo sul da capital, Batista explica que não pode ter apenas uma opção de caminho já que não sabe se será aceito em todos os transportes coletivos – inclusive os que têm um adesivo indicando ser preparado aos deficientes. “É normal eu estar no ponto, dar o sinal e ser recusado pelo motorista. Quero acreditar que é mais por má vontade do que pensar que ainda sofro preconceito.”
      As constantes brigas com os funcionários das empresas também são comuns na rotina do porteiro. “Muita vezes cheguei a suplicar para ele me pegar, mas acabo escutando um ‘está lotado’ ou ‘estamos em cima do horário’. Como não aceito, acabo recebendo ajuda dos próprios passageiros”, explica.
      A manifestação solidária de populares foi comprovada pela reportagem na última terça-feira (16). Em três das quatro conduções utilizadas, Batista foi auxiliado por desconhecidos. Já a espera da última linha, na av. Luis Carlos Berrini, o porteiro indicou três vezes a intenção de embarcar para o motorista, que já havia parado fora do ponto de ônibus. “Ele não quer parar de novo, mas como posso subir com a minha cadeira no meio da rua?”
      Visivelmente contrariado, o motorista parou o coletivo e desceu para abrir a rampa ao cadeirante. Batista então entrou no ônibus. Porém, antes de chegar ao seu espaço reservado e conseguir colocar o cinto de segurança, o motorista acelerou o veículo. A reação dos passageiros foi instantânea. Irritados, eles começaram a gritar: “Espera o cadeirante colocar o cinto” ou “Tá com pressa?”. “Calma, gente. Ele está atrasado para o cafezinho dele”, disse Batista em resposta visivelmente constrangido.
      Outros acontecimentos se tornam obstáculos para as pessoas com mobilidade reduzida. No caso da entrevistadora Cláudia Siqueira, de 35 anos, as péssimas condições das calçadas e obras de sua rua e superlotação no metrô a impedem de ter um trajeto mais confortável para o trabalho, na região de Pinheiros. Com uma prótese na perna direita, necessária após sofrer um acidente de carro há 4 anos, Cláudia sente fortes dores no final do dia.
      “No começo (quando colocou a prótese) desisti de trabalhar e estudar. Enfrentar a cidade sem ter experiência com sua deficiência é muito arriscado”, explicou. Ela reconhece que, por não ter uma limitação aparente, acaba não recebendo tanta ajuda como Giovani e Juracir. “O fato de eu ter que mostrar e revelar minha deficiência a todos me prendeu muito.”
      Para ela, os espaços reservados para deficientes no metrô precisam ser expandidos. “Acabo competindo espaço com pessoas que não têm problemas em passar alguns minutos em pé”. Cláudia ainda desabafou dizendo que sente “fora da estatística” da prefeitura. “Basta olhar as condições de transporte e locomoção da cidade. Calçadas esburacadas e nada adaptadas. São Paulo não foi feita para a gente (os deficientes).”

      Treinamento

      Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), quando motoristas e cobradores são contratados pelas viações ou cooperativas de ônibus passam obrigatoriamente por um programa de treinamento determinado pela SPTrans. No entanto, os dados são contrastantes.
      Enquanto a SPUrbanuss afirma que o curso oferecido deve possuir 88 horas de duração, a empresa Santa Brígida, responsável por algumas linhas da zona sul e oeste, oferece uma introdução de 21h aos novos profissionais. Como explicação, o sindicato afirmou que cada empresa/cooperativa pode escolher quais pontos do programa são intensificados de acordo com a necessidade de cada linha.
      “O período pode ser curto, mas sempre há reciclagem anual do conteúdo”, disse uma representante da Santa Brígida que não sabia explicar a diferença dos dados. Para ela, o mau desempenho na hora de ativar o elevador ocorre devido “uma possível falta de prática do profissional”. “Não há tantos passageiros nas condições de cadeirantes no nosso trecho. O profissional acaba enferrujado”, concluiu.
      Até o momento da publicação desta reportagem, a SPTrans não informou se há uma padronização ou itens considerados obrigatórios no curso oferecido aos novos operadores.

      Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br